15 de nov. de 2012

Programação do F E R I A D O !!!


Dia 17/11/2012 - às 15h 
 
Quilombo Teatro
 
Quando o teatro deixou de ser sinônimo de marginalidade, os atores negros foram substituídos por atores brancos pintados de negro. Sem espaço nos palcos tradicionais e na sociedade, o negro teve que se organizar para poder aparecer tanto como ator de teatro quanto como ator social e político.
 Em nosso país, com negros que somam mais da metade de sua população, é raro assistir a um espetáculo cujo papel principal seja representado por um descendente africano, salvo no circuito alternativo, onde as produções geralmente brotam de mentes e mãos do povo, a presença do negro em cena, geralmente se restringe em papéis secundários, quando ocorrem. 
No entanto, o movimento do teatro negro em nosso país é fato que merece respeito, respeito conquistado por pessoas como Abdias do Nascimento, Solano Trindade, Plínio Marcos e tantos outros. Felizmente em nossos dias, apesar de todas as adversidades, a história do movimento negro no teatro segue seus rumos e é sobre eles que refletiremos nessa mesa de debate.

 Quilombo Artes visuais e Artesanato

O negro trazido à força para o Brasil trouxe sua cultura como bagagem. Dentro dessa imensa bagagem estava também a desenvolvida técnica da cerâmica, a escultura em madeira, a metalurgia, a pintura e muitas outras espécies de linguagens artísticas.
Não obstante, basta visitar nossas igrejas barrocas, repletas de arte produzida por escravos, ou então, observar a imensa coleção de peças pertencentes à Coleção Mário de Andrade.
Melhor ainda: basta apenas que caminhemos com atenção voltada às generosas demonstrações de plasticidade em diversos cantos de nossa cidade e país, onde se pode notar a confluência de elementos negros na produção das artes visuais brasileiras.
 

Show - Velha Guarda Paulistana
 
Silvio Modesto
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Sílvio Modesto é carioca de Bráz de Pina, criado no morro do Salgueiro. No final dos anos 60 veio pra São Paulo e acabou virando um paulistano da gema. Como ator, trabalhou nas peças Balbina de Iansã e o Poeta da Vila e Seus Amores, dirigido por Plínio Marcos. Compositor de raro talento, desses que sabem lapidar um verso com esmero, seu samba exala tradição, intensidade e autenticidade. Suas músicas foram gravadas por Beth Carvalho, Originais do Samba, Benito di Paula, Jovelina Pérola Negra, Bezerra da Silva e Arlindo Cruz, entre outros. Compôs samba-enredo pra várias escolas, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, e ganhou mais de 20. Acompanhado por um quinteto de exímios músicos, o bamba interpreta sambas antológicos como “Elos da raça”, “Meu lirismo” e “Corpo negro”.
 
Bernadete
 
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Quem sabe do samba não esquece Bernadete, a preciosa voz rouca que marcou o carnaval paulistano de 1991 e que, não por acaso, levou o estandarte de ouro pela escola de samba Unidos do Peruche, que defende até hoje. Nesse mesmo ano, no aniversário do programa Band Brasil, Bernadete emocionou e colocou de pé as 25 mil pessoas presentes. Em 1996, a cantora recebeu o prêmio de melhor intérprete do samba de São Paulo. Em seu show, carregado de talento e emoção, Bernadete interpreta clássicos como “À distância” (Mazinho Xerife), “Jura” (Sinhô) e “Último Desejo” (Noel Rosa). Neste ano de 2010, a artista completa 20 anos de carreira.
 
Ideval Anselmo
 
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Ideval Anselmo nasceu em 1940, foi criado em Votuporanga (SP) e começou a brincar o carnaval nos bailes de salão. Aos 18 anos veio para São Paulo e descobriu as escolas de samba. Em 1972, na escola de samba Camisa Verde e Branco, emplacou seu primeiro samba-enredo, “Literatura de Cordel”, fato que se tornaria rotina em sua vida. No total, Ideval sacramentou nove sambas na verde e branco. Desfilou ainda na Nenê da Vila Matilde, Tom Maior, Rosas de Ouro e Peruche. Sua inspiração motivou 21 apresentações de escolas do grupo especial e mais cerca de 50, dos grupos 1, 2 e 3 e blocos, valendo-lhe o primeiro lugar em sete vezes. É considerado por muitos críticos o maior compositor do samba paulistano. Suas músicas foram gravadas por artistas como Fabiana Coza, Royce do Cavaco, Thobias da Vai Vai e Chitãozinho & Chororó. Em seu repertório constam preciosidades como “Narainã, a alvorada dos pássaros”, “Tributo a um bamba”, “Filho da terra” e muitas outras.
Tereza Gama
 
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Com voz contralto, Tereza Gama mostra onde está e a que veio. Com 15 anos, encantou-se com as modas de viola que o pai gostava de entoar. Nessa época, ganhou um concurso de calouros na rádio da Praça Clóvis, em São Paulo, com a músicaFilme Triste, do Trio Esperança. No final dos anos de 1980, com o marido Clóvis, começou a cantar em rodas de samba de bares de São Paulo. A cantora é presença indispensável em vários shows de samba no Brasil e também no exterior. Sua presença e seu carisma atraem inúmeros fãs, que estão presentes onde quer que ela esteja.

30 de out. de 2012

29 de out. de 2012

Ìpadé Sirê dá-se início 10/11/2012 às 14h no antigo Centro Cultural Jabaquara que hoje é Acervo da Memória e do Viver Afro-brasileiro, que fica na Rua: Arsênio Tavolieri, 45 próximo ao Terminal Rodoviário Jabaquara.

Aviso !!!


Informamos que em virtude do adiamento da inauguração do Acervo da Memória e do Viver Afro-brasileiro Caio Egydio de Souza Aranha, tendo em vista que as obras necessárias para tal inauguração não foram concluídas, informamos que houve uma pequena alteração em nossa programação.

 Pedimos desculpas pelo transtorno e contamos com a presença e compreensão de tod@s.

As atividades que seriam desenvolvidas no dia 02/11 foram alteradas e redistribuídas conforme abaixo, as demais datas permanecem inalteradas.

Ìpadé Sirê - Encontro da Consciência é um projeto que objetiva provocar a reflexão sobre a importância da resistência cultural africana e sua relação com as raízes da identidade popular brasileira, cujo foco principal será a história do Quilombo do Jabaquara e de seus arredores.  
O projeto irá promover encontros e desenvolver atividades no Centro Cultural Jabaquara, no mês de novembro, a partir de oito eixos temáticos que constituirão o princípio de um trabalho mais profundo e de longo prazo e que irão confluir numa semana de atividades, a ser realizada na semana da Consciência Negra, em novembro de 2012. Os eixos são:



Quilombo Literatura - 10/11/2012 –   Lid's Ramos
Quilombo Audiovisual - 10/11/2012 – Daniel Fagundes

Quilombo Artes Visuais e Artesanato - 17/11/2012 - Silvana Martins
Quilombo Teatro - 17/11/2012 – Juliana Romão

Quilombo Música - 18/11/2012 - Emerson Nagô

Quilombo Dança - 18/11/2012  Emerson Nagô
Quilombo Saúde e Espiritualidade - 19/11/2012 – Júlio Cesar P. Freitas
Quilombo Gastronomia - 19/11/2012 – Lid's Ramos
Quilombo História - 01/12/2012 - Danilo Dara 
Quilombo Trabalho Comunitário, a cultura no cotidiano - 01/12/2012
 - Alessandra Ferros


A partir de 10 de novembro

 Terá início um conjunto de ações, todas elas representando os eixos base da semana que será denominada Identidade, um encontro de Quilombos.  
 
 

14:00 – Abertura 
Carlos Augusto Calil, Maria Zenita Monteiro e Júlio César Pereira de Freitas.  
 
14:30 - Saudação 
Camila Trindade canta saudação aos orixás ao som dos atabaques dos ogãs do Axé Ilé Obá . 

15:00 - Mesa Debate Quilombo Literatura 

Trazer à tona a discussão sobre a importância da literatura negra ou literatura afro-brasileira, revelando a produção de grupos sociais que, embora segregados, começaram a levantar a luta acerca da dificuldade do Brasil lidar com a sua própria imagem também no campo das letras. Acessar os universos africanos, tradicionais e modernos, não implica necessariamente uma busca às origens, mas uma reavaliação de pertenças. Pesquisar os lados de lá do Atlântico, possibilita arejar e fortalecer nossas experiências criativas em terras brasileiras. Por isso, a questão posta pela literatura espera ainda uma resposta. Além disso, a literatura feita por negros não se refere apenas aos negros, mas à cultura do povo pertencente à diáspora. Como à estimulação, pesquisa e reflexão a respeito da criação literária das brasileiras afrodescendentes. Que por vezes é, ambiente lacunar, feito de presenças e ausências. Lugar rizomático, elo e ponto de encontro que é componente de amplo encadeamento discursivo. Ao mesmo tempo dentro e fora da literatura brasileira. Que se faz presente em praticamente todos os momentos de nossas letras.  O movimento desses grupos reunidos através da literatura está crescendo. O encontro de poetas que se reúnem em inúmeros cantos da cidade de São Paulo é prova inconteste desse fato. A partir desses aspectos, pretendemos promover um debate 
com Cidinha da Silva, Luana Antunes, Luciete Silva e Miriam Alves 
Mediação: Lids Ramos 
 
17:00 - Mesa Debate Quilombo Audiovisual 
Desde os anos 60 a representação das pessoas das camadas populares vem ganhando força no cinema, e hoje este espaço conquistado vem demonstrando a riqueza e a diversidade de interpretações e abordagens sobre as raízes culturais formadoras da indentidade brasileira. O audiovisual como novo instrumento de expressão da história oral afrobrasileira
Com Akins Kinte, Renato Cândido e Jeferson De. 


Mediação: Daniel Fagundes 

19:00 - Exibição doa Filmes: 

– Jeniffer, de Renato Candido- 37min.; 
– Carolina, de Jeferson De - 15min.; 
– Djanjuma: Nossa essência,  do Núcleo de Comunicação Alternativa (NCA) - 35 min. 
– Zeca o poeta da Casa Verd de Akins Kintê - 92 min 

17 de novembro de 2012 


15:00 - Mesa Debate Quilombo Teatro 
Quando o teatro deixou de ser sinônimo de marginalidade, os atores negros foram substituídos por atores brancos pintados de negro. Sem espaço nos palcos tradicionais e na sociedade, o negro teve que se organizar para poder aparecer tanto como ator de teatro quanto como ator social e político. Em nosso país, com negros que somam mais da metade de sua população, é raro assistir a um espetáculo cujo papel principal seja representado por um descendente africano, salvo no circuito alternativo, onde as produções geralmente brotam de mentes e mãos do povo, a presença do negro em cena, geralmente se restringe em papéis secundários, quando ocorrem. No entanto, o movimento do teatro negro em nosso país é fato que merece respeito, respeito conquistado por pessoas como Abdias do Nascimento, Solano Trindade, Plínio Marcos e tantos outros. Felizmente em nossos dias, apesar de todas as adversidades, a história do movimento negro no teatro segue seus rumos e é sobre eles que refletiremos nessa mesa de debate com Ordem do KaosPeixe e Novos Fulanos. 

Mediação: Juliana Romão 
 
17:00 - Mesa Debate Quilombo Artes Visuais e Artesanato 
O negro trazido à força para o Brasil trouxe sua cultura como bagagem. Dentro dessa imensa bagagem estava também a desenvolvida técnica da cerâmica, a escultura em madeira, a metalurgia, a pintura e muitas outras espécies de linguagens artísticas. Não obstante, basta visitar nossas igrejas barrocas, repletas de arte produzida por escravos, ou então, observar a imensa coleção de peças pertencentes à Coleção Mário de Andrade. Melhor ainda: basta apenas que caminhemos com atenção voltada às generosas demonstrações de plasticidade em diversos cantos de nossa cidade e país, onde se pode notar a confluência de elementos negros na produção das artes visuais brasileiras. Para debater esse tema: 
Alipio Freire, Lucia MakenaGuma e Gilmar Ribeiro Casulo e Jair Guilherme Filho. 

Mediação: Silvana Martins 

 
19:00 – Show Velha Guarda do Samba Paulistano 

com Sílvio Modesto e convidados. 


 
18 de novembro de 2012

 
15:00 - Mesa Debate Quilombo Música 
É impossível dissociar a história dos ritmos que cadenciam nossas melodias da pulsação dos inúmeros povos vindos do continente africano. Carlos Sandroni, em seu livro “Feitiço Decente”, explica a lógica musical africana na música brasileira, principalmente em ritmos e expressões de tradição oral como Capoeira, Maracatu e o Samba, nosso símbolo cultural mais reconhecido. Também merecem destaque as manifestações culturais negras da América do Norte, criadas pelos milhões de africanos que foram levados pelos navios negreiros aos Estados Unidos e que contribuíram para a criação de uma identidade afro descendente no hemisfério norte, como o blues, o jazz, o soul e o rap, que chegaram até nós e hoje se mesclam com os demais elementos negros de nossa cultura. Essas reflexões estarão presentes no debate sobre a música e dança africana, em suas várias vertentes, tais como o maculelê, tambor de crioula, samba, samba de roda, forró e o rap. Nesse debate contaremos
com Tinhorão, Yzalú, Negravat - King Nino Brow e Silvio Modesto.  

Mediação: Emerson Nagô 

17:00 – Mesa de debate Quilombo Dança 
Na dança afro a unidade entre seus membros é fundamental, por isso é uma atividade grupal. Em sua maioria, homens, mulheres e crianças dela participam, batendo palmas e formando roda. O belo e rico trabalho coreográfico, com movimentos da anca, braços, pernas e cabeça, culminando num ritmo corporal cuja plástica e energia fazem parte da linguagem corporal brasileira. Essas reflexões estarão presentes no debate sobre a dança africana, em suas várias vertentes, tais como o maculelê, tambor de crioula, samba, samba de roda, forró e o rap. Nesse debate contaremos
com e Manoel Figueiras – do grupo Cativeiro de Capoeira, Carol Euaci, Luciane Ramos, Juliana Queiroz, Tamires Ballarini. 

 Mediação: Emerson Nagô 
 19:00 – Show de Rap com Milton Sales e convidados

  
19 de novembro de 2012 


15:00 - Mesa Debate Quilombo Saúde e Espiritualidade 

A exclusão social da população negra no Brasil, o descaso de suas necessidades específicas em programas de promoção à saúde, se traduzem na limitação ao direito humano de expectativa de vida. E também, por outro lado, a espiritualidade negra fincou profunda raiz em nosso chão cultural, influenciando nosso povo de tal maneira, que nossa fé passou a transcender fronteiras, sejam elas de classe, dogmas ou cores. Esses são os pontos iniciais do debate promovido 
com as presenças de Renato e Renata do Axé Ilé Obá, J.C. Demétriu 
e Débora Silva Maria do Movimento Mães de Maio. 

Mediação: Julio Cesar Pereira de Freitas 
17:00 - Mesa Debate Quilombo Gastronomia 

Uma das mais importantes heranças culturais deixadas pelos africanos é a relação com os alimentos. A mistura da culinária negra com a europeia e indígena e o emprego da alimentação africana dos orixás, têm grande relevância na formação dos hábitos alimentares brasileiros. Desta forma, sugerimos além de um debate sobre tão vasto e rico tema, a presença de um espaço para a culinária afro-brasileira, destinado à degustação e conhecimento para que os participantes apreciem e compartilhem os pratos, vivendo, assim, suas tradições e se reconhecendo nelas. Constituindo nosso cardápio cultural.  Apresentação e degustação de um prato da culinária afro-brasileira. Para esse debate contaremos
 com a presença de: 
Doné Oyassy, Tata Quessejy do Quilombo Anastácia - Araras - Leandra da Silva do terreiro do Bogun - Renato e Renata do Axé Ilé Obá. 

Mediação: Lids Ramos 

19:00 – Apresentação esquetes cênicas

com atores dosgrupos de teatro

 A Ordem do Caos, Peixe e Novos Fulanos 
 

24 de novembro de 2012 

17:00 - Apresentação do grupo de Capoeira Cativeiro  
 
18:00 - Encontro de Saraus. 
Elo em Brasa e Círculo Palmarino 

19:00 – Show de Bukassa Kabengele 


01 de dezembro de 2012 

 
14:00 - Mesa Debate Quilombo História 
Quais são as raízes históricas que constituem nossas principais expressões artísticas? O negro africano entoou seu canto, se reuniu com seu povo e expressou sua existência com coragem, sem abrir mão de sua fé e cultura. As expressões escolhidas por nosso projeto desenharam a geografia abstrata das "Pequenas Áfricas", formadas por bases culturais que resistiram à intensa opressão, afirmando-se e se redefinindo em curto espaço de tempo, trazendo novos significados que extrapolaram fronteiras e que constituem a essência da cultura popular brasileira contemporânea. Com base nessas questões propomos uma mesa de debate acerca da historiografia dos quilombos paulistanos e do Quilombo do Jabaquara 
com Raquel Trindade, Milton Barbosa e Kabengele Munanga. 

Mediação: Danilo César

15:30 - Sarau da Cooperifa 


17:30 – Mesa Debate Quilombo Trabalho Comunitário, a cultura no cotidiano 
O trabalho comunitário organizado vem crescendo e se solidificando muito em nosso país e em nossa cidade. Em decorrência das enormes dificuldades vividas pelas comunidades carentes e pelo desequilíbrio significativo de ações sociais governamentais, as comunidades se mobilizam e coletivamente procuram novos caminhos de luta e sobrevivência. Os quilombos são exemplos históricos desse tipo de mobilização. Debate sobre o trabalho comunitário
com Allan da Rosa, Felipe Choco, Renata Souza e Sérgio Vaz. 

Mediação: Alessandra Ferros 

19:00 - O Toque Ancestral dos Tambores 
Nas matrizes africanas o tambor é o instrumento que confere vida aos rituais e que evocam os ancestrais e seus descendentes. Dessa forma, elegemos o dia de finados para iniciar nossas atividades, começando pela reverência aos ancestrais e à espiritualidade africana por meio do toque dos tambores.  
Apresentação de tambores com os grupos:  

Ballet Afro Koteban 19h 

Umoja 20h